Sua trajetória com a hipnose começou de forma pessoal. “Iniciei minha carreira sem pretensão de fazê-la, sofria por algumas questões emocionais que não conseguia me libertar dela através de terapias convencionais”, conta Márcio.

Movido por esse desejo de autoconhecimento, ele passou por diversas formações até encontrar na hipnoterapia uma ferramenta de transformação, tanto pessoal quanto profissional. “Depois de encontrar a causa raiz das minhas questões emocionais, foi algo que transformou minha vida e despertou algo em mim que não sentia, digamos, a vida toda”.
O que é hipnose clínica e como ela se diferencia da hipnose de entretenimento?
De acordo com Márcio Silva, a hipnose clínica é uma ferramenta terapêutica voltada para tratar questões emocionais e doenças psicossomáticas, promovendo resultados positivos aos pacientes. “Hipnose de entretenimento é um show de palco com o objetivo de divertir e descontrair os espectadores”, diferencia o especialista.
Enquanto na hipnose de palco há foco no espetáculo e na sugestão, a hipnose clínica busca acessar, por meio de técnicas específicas, o inconsciente da pessoa para trabalhar questões profundas e promover mudanças significativas em pensamentos, emoções e comportamentos.
Quais problemas podem ser tratados com a hipnose clínica?
Há diversas possibilidades terapêuticas na hipnose clínica. Márcio lista algumas das principais demandas que atende.
“Trabalhamos com todas as doenças e transtornos ocasionados por questões emocionais. por exemplo: ansiedade, depressão, síndrome do pânico, procrastinação, medo, fobias, baixa autoestima, anorgasmia, emagrecimento, relacionamentos, doenças psicossomáticas, desenvolvimento pessoal, reprogramação mental”.
Como a hipnose clínica atua no cérebro e no comportamento?
O processo ocorre por meio da indução ao transe hipnótico, que envolve relaxamento profundo e foco: “O paciente consegue acessar o inconsciente e, neste estado, é possível fazer a dessensibilização e ressignificar qualquer tipo de evento que possa estar influenciando em um estado indesejável, ocasionando mudanças em emoções, comportamentos e até mesmo sensações físicas”.
Assim, memórias traumáticas ou padrões limitantes podem ser ressignificados, permitindo ao paciente construir uma nova relação com suas experiências passadas e aliviar sintomas emocionais ou físicos.
A hipnose clínica tem embasamento científico?
Sim, há respaldo científico para seu uso. “Estudos indicam que a hipnose é eficaz no tratamento de diversas condições, incluindo dor, ansiedade e problemas psicológicos. A hipnose também pode ser utilizada em procedimentos médicos e no tratamento de certas condições físicas”, afirma Márcio.
Nos últimos anos, a prática tem sido cada vez mais integrada a abordagens multidisciplinares de saúde, inclusive em hospitais, como recurso complementar ao tratamento de dores crônicas, ansiedade e processos de recuperação.
Quantas sessões são necessárias para ter resultados?
Não há um número fixo de sessões, pois o processo depende do envolvimento de cada pessoa. “Não temos como mensurar uma quantidade de sessões para chegar no resultado esperado do paciente, pois demanda 100% da entrega dele no processo. Porém, posso afirmar que é possível obter resultados positivos já nas primeiras sessões”, destaca o hipnoterapeuta.
A hipnose pode ser combinada com outras terapias ou medicamentos?
Sim, e isso pode potencializar ainda mais os resultados. “Inclusive, durante o meu processo utilizo outras ferramentas terapêuticas para potencializar ainda mais o resultado dos meus pacientes”, explica Márcio. A combinação com psicoterapia ou acompanhamento médico, quando necessário, é bem-vinda e segura.
A pessoa perde o controle durante a hipnose?
Esse é um dos mitos mais comuns que afastam as pessoas da hipnose, mas não corresponde à realidade. “Não existe, isso é apenas um mito que foi criado. Como a hipnose é um recurso natural do nosso corpo, você sempre estará no controle do que ocorre durante a sessão”.
O paciente permanece consciente, podendo interromper o processo a qualquer momento. A hipnose clínica, ao contrário da imagem popularizada pelo entretenimento, é um estado natural de foco e relaxamento.
Há riscos ou contraindicações?
Segundo Márcio, não há riscos diretos: “Não há riscos, porém o profissional precisa estar atento a questões de saúde do paciente que são verificadas durante a anamnese”. Por isso, é essencial realizar uma avaliação prévia, garantindo a segurança e a adequação do método para cada pessoa.
Como funciona, na prática, uma sessão de hipnose clínica?
O processo começa com uma conversa aprofundada para entender as demandas da pessoa. “É realizada primeiramente uma sessão de anamnese para entender o que o paciente deseja trabalhar e também esclarecer todas as suas dúvidas para que ele se sinta completamente seguro com o processo”.
Na sequência, é feita a indução ao transe hipnótico por meio de técnicas de relaxamento e concentração. “Através do principal estado emocional indesejado, buscamos a causa raiz do problema através da regressão”, explica Márcio.
É necessário algum preparo antes da sessão?
Não há exigências específicas. “Não, nada específico, somente a disposição de passar pelo processo. Tudo é muito natural durante as sessões”. A entrega e o comprometimento com o tratamento são os aspectos mais importantes.
O que pode contribuir para o sucesso do tratamento?
A colaboração ativa do paciente é essencial. “Estar disposto a vivenciar o processo e não omitir nenhuma informação pessoal que seja possível gatilho emocional para o estado atual”. A confiança no profissional e na abordagem também favorece melhores resultados.
Existe um perfil de paciente que responde melhor?
Márcio explica que algumas pessoas têm mais facilidade para atingir estados mais profundos de transe. “Sim, existem pessoas que são mais sugestivas e se permitem mais a atingir um estado mais profundo do transe”. No entanto, qualquer pessoa, com o acompanhamento adequado, pode se beneficiar da hipnose clínica.
Caso real: o poder transformador da hipnose
Márcio compartilha um exemplo marcante do impacto da hipnose clínica. Ele atendeu uma mulher de aproximadamente 30 anos que sofria há anos com sentimentos de abandono e tristeza profunda, o que afetava todas as áreas da sua vida.
“Durante a anamnese, notamos que existiam vários gatilhos relacionados com partes da família (pai, mãe e irmão). No casamento enfrentava alguns conflitos, pois o marido dela sonhava em ter filhos, mas ela não aceitava, na área profissional também tinha dificuldade principalmente de se impor e se expressar, fazendo com que a sua carreira ficasse estagnada”.
A hipnose permitiu acessar memórias profundas, como um trauma uterino e um episódio de abuso na infância. “Ressignificamos essa memória dessensibilizando toda dor e fomos até a hora do parto para que ela visse esse momento e sentisse como foi amada e acolhida pela família”.
O resultado foi impressionante. “Na semana seguinte que retornamos à sessão, ela já estava completamente impactada com o resultado que ela obteve, foi tão significativo que ela falava toda entusiasmada que as pessoas do trabalho, da família e do círculo de amizade dela perguntavam o que ela havia feito, pois ela havia tido uma mudança incrível em vários aspectos”.
Após três sessões, a paciente não apenas superou questões emocionais, mas também avançou em sua vida profissional e pessoal, incluindo uma melhora significativa na relação com o marido e a abertura para falar sobre ter filhos.
Quais são os mitos e empecilhos mais comuns?
Para Márcio, muitos medos sobre a hipnose clínica nascem de crenças equivocadas. “As pessoas têm crenças e pensamentos muito equivocados quando falamos sobre hipnose, crenças religiosas fazem associações com questões de evocações espirituais, ocultismo, magia, enganação, manipulação e controle da mente do outro”.
Ele esclarece que, na verdade, “o estado de hipnose é um recurso natural do nosso corpo, tanto é que acessamos esse estado diversas vezes durante nossa vida, porém sem o devido entendimento, e por ser um estado natural do nosso corpo você nunca sai do controle do que está acontecendo”.
Por isso, o hipnoterapeuta reforça: “o controle é sempre do paciente”.
Márcio Silva atua como hipnoterapeuta há mais de sete anos e atende pessoas que buscam autoconhecimento e transformação emocional. Seu trabalho integra a Rede SerPleno, onde é possível obter mais informações sobre seus atendimentos e a hipnose clínica.
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